Acho que gritei demais para conseguir o que queria;
Junto a esta chama insconstante de incompreensão,
onde a tatuagem ardia e agora não quer mais arder.
Achava um suspiro rouco nas suplicas dos teus dedos;
Que sempre encontravam meus lábios ao avesso
e agora revelaram a minha efêmera eternidade.
Nunca foram disparadas armas,
mas, sim, houve o desarme da defesa incompleta.
Não existia guerra onde escontraste a fraqueza.
Era somente eu e ninguém mais.
Não reparei em quase nada além do som dessa madrugada
que pulsava forte quando chegava perto.
Era só um suspiro desprometido no deserto,
um vulto no abismo que esperneava a contradição.
No teu peito, do teu jeito, sem respeito, me esquecia.
Você não permitia a disritmia
que era tão previsível em alguém imprevisível demais.
Me puxaste para dentro deste casebre escuro e belo,
esperando que mais um não seja a conta da hipocrisia.
É nessa ideia, neste dia, que você me desdobra sem saber quem é.
Foram terços, braços, becos, mãos.
Certo dia - já não me lembro quanto tempo faz.
Lara J.
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